Células e tecidos linfoides. Maturação de linfocitos T. Tolerância

 

Aqui estão os arquivos. Bons estudos!
 

 

Celulas e Tecidos_biologia.ppt (5 MB)
TECIDOS E ÓRGÃOS LINFÓIDES.doc (105 kB)
Celulas e Tecidos_biologia 2.ppt (7,5 MB)

 

PROVA DE IMUNOLOGIA - 22/05

 

Estudar as páginas 1 à 9 e 14 à 21 do livro.

AULAS DE 07/05 , 08/05, 14/05 e 15/05

 

 
Tema: Introdução a Imunologia

 

Foram abordados os seguintes tópicos:

- Barreiras imunológicas

- Manuternção da homeostasia corporal e a inflamação

- Imunidade inata

- células fagocitárias

 
Próximas aulas

- Sistema complemento

- Imunidade humoral

- Imunoglobulinas estrutura e função

- Antígenos/anticorpos

 

Estudo dirigido - Imunologia I

 

 

1)      Diferencie resposta imune inata de resposta imune adaptativa.

 

IMUNIDADE INATA: nasce com o indivíduo e protege o organismo contra agentes patogênicos e toxinas, desde o nascimento. Esta imunidade inclui a capacidade de fagocitar bactérias e outros agentes invasores, pelos neutrófilos e macrófagos dos tecidos; inclui a capacidade das secreções ácidas do estômago e enzimas digestivas de destruir germes; inclui a resistência da pele e das membranas mucosas à penetração dos germes; inclui as lisozimas, e certos polissacarídeos que neutralizam certas bactérias gram-positivas e gram-negativas frequentes na natureza. Não é específica, sendo capaz de reconhecer apenas padrões moleculares de patógenos.
 IMUNIDADE ADAPTATIVA:. Esta se deve à capacidade do sistema imunitário produzir defesas contra invasores e destruí-los, impedindo-os de causar danos ao funcionamento do organismo. O sistema imunológico desenvolve imunidade altamente específica e altamente eficaz contra bactérias, vírus, toxinas e tecidos de outros indivíduos ou animais. A imunidade adquirida depende de dois mecanismos intimamente relacionados entre sí:
1. Produção de proteínas chamadas anticorpos, que tem a capacidade de atacar e neutralizar o agente invasor. Esta forma de imunidade é conhecida como IMUNIDADE HUMORAL;
2. Sensibilização de determinados tipos de linfócitos, contra um agente específico. Estes linfócitos tornam-se capazes de se fixar ao agente estranho e destruí-lo. Esta forma de imunidade é conhecida como IMUNIDADE CELULAR.

 

2)      Diferencie refratariedade e resistência

 

REFRATARIEDADE - É um fenômeno inato, inespecífico e invariável que impede que uma pessoa se infecte por determinados microrganismos. Isso é verificado pois patógenos específicos de determinada espécie não encontram condições necessárias para infectar nossa espécie, já que somos refretários aos mesmos..

 RESISTÊNCIA - É um fenômeno inato, inespecífico e variável, e a variação vai depender das condições intrínsecas e extrínsecas de cada indivíduo e também da biologia do agente infeccioso. Convivemos com diversos organismos patogênicos em nosso corpo. Quando nossa resistência a eles cai (por exemplo em uma situação de estresse nos acomete), as condições permitem o aumento de sua população e como conseqüência infecções.

 

3)      Quais são os determinantes de uma resposta imunológica? Como atuam cada um destes determinantes?

 

A imunidade inata é correlacionada a um grande número de determinantes. Estes podem ser específicos do hospedeiro, tais como: espécies e raças, fatores genéticos individuais, idade, variação hormonal, nutrição. Também, é importante a participação de determinantes físicos como: pele, mucosas, superfícies úmidas como é o caso dos olhos, sítios anatômicos que retêm a poeira e os microrganismos, etc. Aliado a estes determinantes, temos substâncias químicas como secreções diversas com atividade antimicrobiana, e as enzimas e os polipeptídeos básicos que são substâncias com atividade bactericida ou bacteriostática. A própria fagocitose com sua clássica digestão, é um fenômeno inespecífico.

 

4)      Qual o papel das barreiras químicas e físicas na resposta imunológica inata?

 

Fazem parte da imunidade inata, as barreiras mecânicas e químicas conforme já citado

anteriormente. A pele integra é um obstáculo a um grande número de agentes infecciosos. A camada de queratina contribui muito para esta eficiente barreira. As mucosas contendo secreções, células ciliadas com seus movimentos característicos removem os microrganismos e as enzimas oferecem efeitos bloqueadores. No estômago, o suco gástrico, pelo seu pH, tem ação bactericida sobre bactérias

Gram negativas e Gram positivas. Logicamente umas poucas espécies de bactérias como o  Mycobacterium tuberculosis e o Helicobacter pylori resistem a esse pH e podem até colonizar na mucosa estomacal. Na pele, as secreções sebáceas e sudoríparas contém ácidos graxos com  propriedades bactericida, fungicida e viruscida. Na cavidade oral e nos olhos encontra-se a lisozima, proteína básica de baixo peso molecular, encontrada em alta concentração nos polimorfonucleares e com capacidade de hidrolizar os glicopeptídeos da parede de muitas bactérias Gram negativas,

resultando em lise das mesmas. Menor ação é exercida sobre Gram positivas.

 

5)Diferencie monócitos de macrófagos. Cite diferenças quanto a atuação na resposta inata dos fagócitos mononucleares e os polimorfonucleares.

 

Monócitos são os precursores dos macrófagos. Os primeiros podem ser encontrados na corrente sanguinea, apresentam contorno regular e núcleo avantajado em relação ao citoplasma. Macrófagos, são encontrados em tecidos onde recebem os mais diferentes nomes e adquirem diferentes formas. Tem função fagocítica importante, possuindo vários grânulos em seu citoplasma. Mononucleares: Os macrófagos estão naturalmente presentes nos tecidos e possuem vida longa servindo como barreiras celulares para a instalação de infecções. Fagocitam microorganismos e os destroem graças a presença das enzimas produtoras de radicais livres. Já os neutrófilos, estes são atraídos para locais onde ocorre inflamação por processos quimiotáticos. Possuem vida curta sendo que em suas vesículas digestivas, encontram-se hidrolases ácidas, lisozimas e lactoferrinas. São células anaeróbicas, o que facilita sua atuação durante a inflamação.

 

6)      Descreva o processo de fagocitose das células fagocíticas profissionais.

 

 O processo de fagocitose pelas células fagocitárias envolve primeiro a adesão do

microrganismo a superfície celular destas células. Esta adesão envolve o reconhecimento de carboidratos do microrganismo e, uma vez aderido e identificado como estranho, o microrganismo é iniciada a ingestão fazendo com que o citoplasma celular envolva a partícula estranha até que esta fique dentro de um vacúolo (fagossomo). A etapa seguinte nesse processo é a liberação de substâncias que tentarão destruir esta partícula ingerida. Nessa etapa há um grande consumo de dando origem a uma serie de agentes microbicidas poderosos, chamados de anion superóxido, peróxido de hidrogênio, e radicais hidroxila. Também há inicialmente um aumento do pH, facilitando a ação de algumas proteínas capazes de lesionar a parede bacteriana. Outros fatores oriundos dos grânulos são a lactoferrina que possui a capacidade de se complexar ao ferro, privando a bactéria de um elemento essencial ao seu crescimento, e a lisozima que destroí a proteinaglicana da parede celular bacteriana. Deste modo o pH vai caindo de modo que os microrganismos que estão mortos ou morrendo vão sendo degradados pelas enzimas hidrolíticas. Assim que o processo termina os produtos

resultante desta degradação são liberados para o exterior da célula.

 

7)Qual a principal função associada ao sistema complemento? Qual seu mecanismo de ação? Por que o sistema complemento não pode ser considerado integrante da resposta imune adaptativa?

As funções associadas ao sistema complemento são baseadas na destruição de células invasoras, através de sua lise, desencadeada por uma cascata de ativação de cerca de 30 proteínas. Também estão associadas ao sistema complemento as funções de opsonização, associadas a proteína C1, a função de ativação da resposta inflamatória, relacionada com os fragmentos C3a e C5a, alem de remoção de complexos antígeno/anticorpo. O mecanismo de ação associado ao sistema complemento é o de cascata de ativação de proteínas gerando fragmentos com diversas funções na resposta imune inata. Existem 3 vias básicas de ativação: a via clássica, dependente de anticorpos, a via das lectinas dependente da MBP e a via alternativa, onde C3 se liga a parede celular dos invasores. Não podemos cosiderar o sistema complemento pertencente a resposta imune adaptativa pois não há especificidade de reconhecimento dos agentes invasores.

 

8)      Qual o papel da proteína C reatva (PCR), e dos radicais livres  na resposta Imunológica?

Proteína C Reativa: Tem função de ativação da resposta imunológica inata, por opsonização da parede bacteriana e ativação do complemento. Adicais livres são utilizados para a degradação de partículas fagocitadas por macrófagos.

 

9)      O que são células NK? Qual seu papel na resposta imunológica?

 

As células exterminadoras naturais ou células NK (do inglês Natural Killer Cell) são um tipo de linfócito (glóbulos brancos do sangue),relacionadas com a imunidade inata. Têm um papel importante no combate a infecções virais e células tumorais, devido a sua atividade citotóxica contra células tumorais de diferentes linhagens, sem a necessidade de reconhecimento prévio de um antigénio específico, contrariamente ao funcionamento dos linfócitos T. São originárias da medula óssea e são descritos como grandes e granulares. Estas células são activadas em resposta a interferons ou a citocinas provenientes de macrófagos. A sua principal função está relacionada com as infecções virais e o seu controle, através da eliminação das células infectadas, evitando assim a multiplicação dos vírus.

 

 

10) Como podemos caracterizar a inflamação? Qual o seu papel? Diferencie inflamação aguda e crônica.

A inflamação ou processo inflamatório é uma resposta dos organismos vivos homeotérmicos a uma agressão sofrida. Entende-se como agressão qualquer processo capaz de causar lesão celular ou tecidual. Esta resposta padrão é comum a vários tipos de tecidos e é mediada por diversas substâncias produzidas pelas células danificadas e células do sistema imunológico que se encontram eventualmente nas proximidades da lesão.A inflamação pode também ser considerada como parte da resposta imunológica inata, assim denominado por sua capacidade para deflagar uma resposta inespecífica contra padrões de agressão previamente e geneticamente definidos pelo organismo agredido. O principal papel atribuído a resposta inflamatória está relacionado com o retorno a homeostasia do organismo. Para isso a resposta inflamatória pode por si só eliminar o agente agressor ou servir como precursora da resposta imunológica adquirida. A resposta inflamatóriaaguda é caracterizada pela manifestação intensa dos diversos sinais clássicos da inflamação ( dor, rubor, calor e tumor), sendo imediata a agressão e bastante inespecífica. É caracterizada pela exudação de líquidos e infiltração de neutrófilos. Já a resposta inflamatória crônica é tardia, geralmente os sinais clássicos da inflamação se reduzem, sendo que o grau de celularidade aumenta, geralmente tendendo para o processo de reparação tecidual e eventualmente para a perda de função.

 

11) Diferencie imunidade ativa e passiva, natural e artificial.

 

IMUNIDADE ATIVA: É aquela em que o indivíduo recebe o antígeno e o organismo tem que trabalhar para formar a sua defesa, isto é, a imunidade humoral mediada por anticorpos e a celular mediada por células.

IMUNIDADE ATIVA ARTIFICIAL: É aquela induzida pela vacina, a qual pode ser constituída por microrganismos atenuados como a vacina da tuberculose, anti-pólio, anti-sarampo e anti-febre amarela; vacinas inativadas como a vacina anti-rábica, anticoqueluxe, anti-salmonelose; e vacinas constituídas por toxoídes ou frações de microrganismos como a para difteria e tétano (toxóides), adenovirose, (hexon isolado do Adenovírus). Atualmente, há outra modalidade de vacinas que são proteínas clonadas muito específicas. Como este exemplo, temos a vacina contra Hepatite B, produzida numa levedura pelo processo do DNA recombinante.

IMUNIDADE PASSIVA: É aquela resultante dos anticorpos pré-formados. Neste caso a imunidade é por pouco tempo.

IMUNIDADE PASSIVA NATURAL: É obtida através de anticorpos da mãe (IgG) que atravessam a placenta para o feto ou através do colostro, nos primeiros dias de amamentação.

 

12) Descreva a estrutura básica de uma molécula de imunoglobulina e suas funções.

Imunoglobulinas são proteínas globulares também conhecidas como anticorpos, compostas por 4 cadeias protéicas que possuem uma cadeia leve e outra pesada que possuem cada uma porção variável e porções conservadas. A porção conservada é responsável pelo reconhecimento da molécula por receptores de células efetoras da resposta imunológica. Já a porção variável é responsável pela ligação específica a anticorpos. Existem cinco isotipos (classes) de imunoglobulinas: IgM, que fixa complemento e é responsável pela resposta inata aguda e pode formar pentameros, IgG, a imunoglobulina mais abundante, envolvida com mecanismos da memória imunológica, IgA, que é secretada em fluidos corporais, IgD, encontrada como receptores de linfócitos e igE, relacionadas com a resposta contra helmintos e alergias. Suas funções gerais são ligação ao antígeno, ocasionando a sua neutralização ou formação de complexos imunes, fixação do complemento, ligação a receptores Fc e transcitose.

 

13) Diferencie as moléculas de IgG e IgM quanto as etapas da resposta imune adaptativa que atuam, facilidade de transferência passiva durante a gestação e quanto ao seu papel nos mecanismos de memória imunológica.

IgM – Participa da resposta primária aos anticorpos, não ocorre transferência placentária, pouca importância.

IgG- Participa da resposta adaptativa primária tardia e secundária, já desencadeada pela aquisição de memória. Pode ser transferida via transplacentária. Bastante atuante.

14) Qual processo inflamatório está associado a presença de altos níveis de IgE.

Geralmente ao processo alérgico, mas também pode estar associado a infecção por helmintos.

15) Como podemos classificar os antígenos? O que é um epítopo?

Podemos classifica-los quanto a sua localização (celulares e não celulares), quanto a natureza química (proteínas, polissacarídeos glicolipídeos), quanto a estimulação imunitária (linfócitos T, B ou T+B) e quanto a origem podendo ser naturais (aloantígenos, auto antígenos e xenoantígenos), sintéticos ou artificiais.

 

16)  Que são imunógenos? Que fatores podem influenciar a imunogenicidade?

Qualquer substancia capaz de gerar resposta imunológica. Podem influenciar na resposta imunológica a natureza química (proteínas, glicoproteínas, carboidratos, glicolipídios, etc), se trata-se de uma substância estranha, seu tamanho, a capacidade de degradação, dose, via de administração, presença de adjuvantes e das características genéticas e fisiológicas do indivíduo exposto.

Notícias

Texto comp-lementar sobre Inflamação

17-05-2009 15:04
Para quem estiver interessado em saber um pouco mais sobre inflamação   INFLAMAÇÃO I.doc (676,5 kB)
>>

LIVRO DE IMUNOLOGIA

11-05-2009 21:28
    Faça o download do livro de imunologia aqui.   Imunologia Básica e Aplicada à Análises Clínicas.pdf (658 kB) 
>>

Apresentação sobre Introdução a Imunologia

 

Clique nos ícones abaixo e faça o download dos arquivos


imunologia patologia 1 parte I.ppt (6,8 MB)
imunologia patologia 1 parte 2.ppt (4,4 MB)

Procurar no site

© 2008 Todos os direitos reservados.